Assim como as outras peças da joalheria, os colares são importantes elementos para o mundo da moda. Não é a toa que, muitas vezes, eles são os protagonistas de uma tendência ao invés de se portarem como meros acessórios.
Do ocidente ao oriente, de simples contas a amuletos de proteção, de plástico a símbolo de poder, os colares tiveram diversos significados ao longo da história. Hoje, eles dão diversas percepções para uma produção e podem ser grandes aliados.
Uma das tendências que desponta (ou se mantém) no mundo dos colares são as chokers ou gargantilhas. Responsáveis por dar um toque rebelde nas produções, o acessório - que teve seu auge os anos 90 com celebridades como Britney Spears e Christina Aguilera - foi visto nas últimas semanas de moda internacionais, nos tapetes vermelhos e nas produções de street styles das fashionistas. Esse modelo, mais colado ao pescoço, pode ser usado em diversas ocasiões e possui diferentes opções disponíveis no mercado, que agrada a todos os estilos, do mais rocker ao mais delicado. Um dos truques de styling que a moda propõe é utilizá-lo junto com outros colares, de diversos comprimentos.
Neste ano, outro movimento sentido pelo mercado é o retorno dos máxi-acessórios, sucesso absoluto nos anos 80. Após a vibe minimalista que tomou conta das últimas temporadas, as joias e bijuterias passaram de detalhes para protagonistas das produções. A regra fashion do momento é não economizar no tamanho e nem na quantidade. Vale combinar o colar com brincos, óculos de sol, pulseiras e anéis, todos de tamanhos grandes - ou statement, palavra em inglês usada para designar peças com o poder de roubar a cena sozinhas.
Os colares são peças tão versáteis que podem transformar um look básico em uma produção digna das páginas de moda de uma revista. Das gargantilhas até as peças máxi, o mais simples modelo pode ser um grande aliado de styling. Os colares longos, por exemplo, ajudam a afinar e a alongar a silhueta. Isso acontece porque as peças chamam a atenção para a parte de cima do corpo, como rosto e colo. Considerados coringas, eles combinam com diversos tipos de decotes - das golas altas aos mais profundos “V” - e se destacam quando combinados com terceiras peças como blazers, coletes e casacos.
Um máxi colar, por sua vez, levanta qualquer visual. Uma simples t-shirt branca se transforma quando combinada com uma peça statment. Outra dica é utilizá-lo para dar um toque de modernidade em looks de trabalho. Ao abotoar a camisa até o colarinho, experimente colocar o máxi colar por baixo da gola, por cima dos primeiros botões. Outro fator que influencia, além do modelo do colar, é a sua cor. Peças prateadas tendem a rejuvenescer enquanto a cor dourada envelhece.
Os colares fazem parte do cotidiano da humanidade desde os tempos considerados pré-históricos. Feitos de maneira rústica, como contas, e adornados com materiais orgânicos como conchas, sementes, pedras, madeiras, dentes e ossos de animais, esses acessórios eram usados tanto como amuletos para proteção como para diferenciação social. O simbolismo dessas joias começou a mudar apenas no período Renascentista, quando os ourives pararam de ser financiados pelo clero e passaram a ser patrocinados pela burguesia. Com as grandes navegações e as descobertas das Américas, a Europa passou a ser constantemente abastecida de ouro, prata e pedras preciosas e isso alterou os paradigmas de consumo e moda da época. A partir daí, os colares passaram a ser sinônimos de status, e as mulheres começaram a usar vários colares ao redor de seus pescoços.
O mundo dos acessórios passou por outra transformação com o ápice do movimento Art Decó, nos anos 20, que abalou o universo das artes plásticas, da moda, da arquitetura e decoração. Inspirados no cubismo e abstracionismo, os colares passaram a ser geométricos e a joalheria passou a adotar metais alternativos e não-preciosos em suas criações, como o aço. Com a Segunda Guerra Mundial e a queda no fornecimento de gemas, abriu-se mais o espaço para as bijuterias finas. E enfim, a chegada dos anos 60 abalaram de vez o mercado joalheiro. O design passou a ser mais valorizado que o material e novos conceitos passaram a ser empregados. O plástico e o papel, por exemplo, viraram matéria-prima para o setor.
A joalheria oriental, mais especificamente a indiana, também começou sua história com materiais rústicos, como couro, folhas e penas de pássaros. Escavações nas terras que hoje compreende a Índia mostraram que há mais de centenas de anos tanto homens como mulheres da região usavam ornamentos feitos de ouro, prata, cobre e marfim com gemas de várias qualidades. Lá pelo século III a.C, ela era a principal exportadora de gemas - principalmente de diamantes - do mundo. Assim como no mundo ocidental durante boa parte de sua história, os indianos também tinham como principal estética o cunho religioso. Por isso, muitas das joias eram feitas para os animais, como elefantes e cavalos. Mas engana-se aquele que pensa que esse foi o período mais rico da joalheria indiana. Durante o Império Mughal, de 1526 a 1761, os ricos usavam joias nos turbantes, orelhas, pescoços, narinas e, até mesmo, nos dentes. Cada um dos adornos tinha um nome e uma função na sociedade, que geralmente era conectado a uma crença religiosa. Os colares, por exemplo, às vezes eram tão longos que ultrapassavam a altura do umbigo. Eles podiam ser totalmente de pérola ou de ouro. Alguns permitiam inúmeras voltas ao redor do pescoço.
Outra religião que serviu de inspiração para a confecção de joias ao longo da história é a islâmica. Os ourives árabes usavam e usam trechos e símbolos do Alcorão para dar vida às suas peças. Exemplos clássicos são os pingentes contendo minúsculos pedaços de papel com versos do livro sagrado e a mão de Alá, usada como talismã por centenas de anos. O número cinco, equivalente ao número de dedos, representa também os cinco mandamentos do Alcorão. E ao contrário da cultura indiana, os homens árabes são desencorajados pelas escrituras e não utilizam acessórios, preferindo enfeitar suas armas e camelos.
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Assim como as outras peças da joalheria, os colares são importantes elementos para o mundo da moda. Não é a toa que, muitas vezes, eles são os protagonistas de uma tendência ao invés de se portarem como meros acessórios.
Do ocidente ao oriente, de simples contas a amuletos de proteção, de plástico a símbolo de poder, os colares tiveram diversos significados ao longo da história. Hoje, eles dão diversas percepções para uma produção e podem ser grandes aliados.
Uma das tendências que desponta (ou se mantém) no mundo dos colares são as chokers ou gargantilhas. Responsáveis por dar um toque rebelde nas produções, o acessório - que teve seu auge os anos 90 com celebridades como Britney Spears e Christina Aguilera - foi visto nas últimas semanas de moda internacionais, nos tapetes vermelhos e nas produções de street styles das fashionistas. Esse modelo, mais colado ao pescoço, pode ser usado em diversas ocasiões e possui diferentes opções disponíveis no mercado, que agrada a todos os estilos, do mais rocker ao mais delicado. Um dos truques de styling que a moda propõe é utilizá-lo junto com outros colares, de diversos comprimentos.
Neste ano, outro movimento sentido pelo mercado é o retorno dos máxi-acessórios, sucesso absoluto nos anos 80. Após a vibe minimalista que tomou conta das últimas temporadas, as joias e bijuterias passaram de detalhes para protagonistas das produções. A regra fashion do momento é não economizar no tamanho e nem na quantidade. Vale combinar o colar com brincos, óculos de sol, pulseiras e anéis, todos de tamanhos grandes - ou statement, palavra em inglês usada para designar peças com o poder de roubar a cena sozinhas.
Os colares são peças tão versáteis que podem transformar um look básico em uma produção digna das páginas de moda de uma revista. Das gargantilhas até as peças máxi, o mais simples modelo pode ser um grande aliado de styling. Os colares longos, por exemplo, ajudam a afinar e a alongar a silhueta. Isso acontece porque as peças chamam a atenção para a parte de cima do corpo, como rosto e colo. Considerados coringas, eles combinam com diversos tipos de decotes - das golas altas aos mais profundos “V” - e se destacam quando combinados com terceiras peças como blazers, coletes e casacos.
Um máxi colar, por sua vez, levanta qualquer visual. Uma simples t-shirt branca se transforma quando combinada com uma peça statment. Outra dica é utilizá-lo para dar um toque de modernidade em looks de trabalho. Ao abotoar a camisa até o colarinho, experimente colocar o máxi colar por baixo da gola, por cima dos primeiros botões. Outro fator que influencia, além do modelo do colar, é a sua cor. Peças prateadas tendem a rejuvenescer enquanto a cor dourada envelhece.
Os colares fazem parte do cotidiano da humanidade desde os tempos considerados pré-históricos. Feitos de maneira rústica, como contas, e adornados com materiais orgânicos como conchas, sementes, pedras, madeiras, dentes e ossos de animais, esses acessórios eram usados tanto como amuletos para proteção como para diferenciação social. O simbolismo dessas joias começou a mudar apenas no período Renascentista, quando os ourives pararam de ser financiados pelo clero e passaram a ser patrocinados pela burguesia. Com as grandes navegações e as descobertas das Américas, a Europa passou a ser constantemente abastecida de ouro, prata e pedras preciosas e isso alterou os paradigmas de consumo e moda da época. A partir daí, os colares passaram a ser sinônimos de status, e as mulheres começaram a usar vários colares ao redor de seus pescoços.
O mundo dos acessórios passou por outra transformação com o ápice do movimento Art Decó, nos anos 20, que abalou o universo das artes plásticas, da moda, da arquitetura e decoração. Inspirados no cubismo e abstracionismo, os colares passaram a ser geométricos e a joalheria passou a adotar metais alternativos e não-preciosos em suas criações, como o aço. Com a Segunda Guerra Mundial e a queda no fornecimento de gemas, abriu-se mais o espaço para as bijuterias finas. E enfim, a chegada dos anos 60 abalaram de vez o mercado joalheiro. O design passou a ser mais valorizado que o material e novos conceitos passaram a ser empregados. O plástico e o papel, por exemplo, viraram matéria-prima para o setor.
A joalheria oriental, mais especificamente a indiana, também começou sua história com materiais rústicos, como couro, folhas e penas de pássaros. Escavações nas terras que hoje compreende a Índia mostraram que há mais de centenas de anos tanto homens como mulheres da região usavam ornamentos feitos de ouro, prata, cobre e marfim com gemas de várias qualidades. Lá pelo século III a.C, ela era a principal exportadora de gemas - principalmente de diamantes - do mundo. Assim como no mundo ocidental durante boa parte de sua história, os indianos também tinham como principal estética o cunho religioso. Por isso, muitas das joias eram feitas para os animais, como elefantes e cavalos. Mas engana-se aquele que pensa que esse foi o período mais rico da joalheria indiana. Durante o Império Mughal, de 1526 a 1761, os ricos usavam joias nos turbantes, orelhas, pescoços, narinas e, até mesmo, nos dentes. Cada um dos adornos tinha um nome e uma função na sociedade, que geralmente era conectado a uma crença religiosa. Os colares, por exemplo, às vezes eram tão longos que ultrapassavam a altura do umbigo. Eles podiam ser totalmente de pérola ou de ouro. Alguns permitiam inúmeras voltas ao redor do pescoço.
Outra religião que serviu de inspiração para a confecção de joias ao longo da história é a islâmica. Os ourives árabes usavam e usam trechos e símbolos do Alcorão para dar vida às suas peças. Exemplos clássicos são os pingentes contendo minúsculos pedaços de papel com versos do livro sagrado e a mão de Alá, usada como talismã por centenas de anos. O número cinco, equivalente ao número de dedos, representa também os cinco mandamentos do Alcorão. E ao contrário da cultura indiana, os homens árabes são desencorajados pelas escrituras e não utilizam acessórios, preferindo enfeitar suas armas e camelos.